Resposta ao Comunicado da APEMERG 2/2021
No seguimento do comunicado da APEMERG, em que coloca em causa a formação dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar, vem a ANTEPH – Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar esclarecer o seguinte:
1. Salvo informação em contrário esta Associação é de enfermeiros e médicos, pelo que não contempla nos seus Associados bem como nas suas atividades, os Técnicos de Emergência Pré-hospitalar ou outras profissões, vedando inclusive o acesso às atividades por si promovidas.
2. Sendo uma Associação de enfermeiros e médicos parece-nos despropositado e completamente desadequado face à atual pandemia que vivemos, em que todos são necessários, trazer um tema que não lhes diz respeito nem é da sua competência.
3. Sendo a APEMERG uma associação de enfermeiros e médicos, sabem com certeza o longo caminho que têm pela frente com a formação dos profissionais que existem por este pais fora nos Serviços de Atendimento Permanente e Serviços de Urgência Básico. Estes serviços contam com profissionais médicos e enfermeiros com enormes carências de formação de urgência e emergência no âmbito da vossa Associação permitindo assim melhor a qualidade do serviço prestado às vítimas em Portugal.
4. Quando a APEMERG tiver estes profissionais devidamente formados e treinados em urgência e emergência, haverá certeza uma melhoria substancial do Sistema.
5. A ANTEPH como Associação que viu nascer o projeto TEPH desde o seu início, concorda que a tutela e o próprio INEM não tem valorizado a função e a carreira TEPH, boicotando sistematicamente a criação de uma profissão regulamentada à semelhança do que acontece com os médicos e enfermeiros e outros profissionais de saúde;
6. Este comunicado da APEMERG demonstra ainda um total desconhecimento dos protocolos e fármacos previstos na formação TEPH.
7. As alegações sobre a qualidade da formação e dos atos a serem praticados, além de não corresponderem à verdade, demonstram desconhecimentos dos modelos de formação de técnicos de emergência médica pré-hospitalar em prática na generalidade dos países, bem como dos atos praticados que correspondem ao que hoje está preconizados internacionalmente, até para elementos com menos qualificações ou horas de formação;
8. A ANTEPH lamenta que a APEMERG não se tenha pronunciado, quando profissionais médicos e enfermeiro impediram os estágios destes formandos nas ditas ambulâncias SIV, atitudes que em nada dignificaram a classe que representam, e do ponto de vista deontológico é inqualificável;
9. A ANTEPH, lamenta que alguns profissionais de saúde , se pronunciem de forma depreciativa e inqualificável sobre outros profissionais, alegando riscos para os doentes, quando o que está em causa é fundamentalmente atribuir mais competências e qualificações para uma melhor intervenção nas emergências e assim um melhor socorro para o doente e sinistrado.
10. Recordamos que em alguns países foram requisitados profissionais do Pré-hospitalar para integrar salas de emergência permitindo libertar profissionais de enfermagem para Unidades de Cuidados Intensivos que tanta falta fazem durante esta pandemia, demonstrando um total respeito pelas necessidades existentes face a esta pandemia.
A direção