Comunicado 2/2021
No seguimento das notícias vindas a publico que relatam a morte de utentes em ambulância em espera nos serviços de urgência hospitalares, vem esta associação tomar a seguinte posição.
1. Consideramos inqualificável a tentativa de atribuir a responsabilidade às tripulações das ambulâncias uma vez que estas somente cumprem as orientações que lhes são dadas principalmente pelos Serviços de Urgência e pelo Centro de Orientações de Doentes Urgentes do INEM;
2. A ANTEPH já há muito tempo que tem vindo a alertar para a necessidade de ter uma melhor organização e gestão dos meios de socorro por parte do INEM, sendo que estas situações são infelizmente comuns juntamente com outras ocorridas;
3. A ANTEPH teme que mais mortes possam ocorrer, fruto de uma má organização dos meios de socorro, que já não é de agora e que fica muito mais agravada, fruto da pandemia que atravessamos.
4. A ANTEPH vem reforçar que não tem existido por parte do INEM a capacidade total de gerir o encaminhamento de doentes urgentes e emergentes bem como promover a respetiva articulação com os serviços de urgência hospitalar.
5. Confirma-se ainda que não tem existido quer por parte do INEM quer por parte dos serviços de urgência básica e permanente, capacidade de aliviar a sobrecarga dos serviços de urgência dos hospitais, tentando resolver a montante as situações ou reforçando os meios pré-hospitalares e de apoio diferenciado no terreno, culminando com o colapso dos serviços de urgência e com as situações de mortes que têm sido relatadas e que são de lamentar.
6. A ANTEPH exorta O Ministério da Saúde a adotar medidas que visem a correção destes e de outros problemas que atingem a Emergência Pré-hospitalar, de forma a que situações destas possam ser evitadas.
7. A ANTEPH está disponível para apresentar medidas à tutela que promovam a melhoria do sistema e aumentem a quantidade de vidas salvas.
A Direcção